2025-02-07
Em despacho datado de 27 de janeiro de 2025, o Ministério Público deduziu acusação contra um arguido imputando-lhe a prática dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
O Ministério Público (MP) acusou o suspeito da morte de uma mulher, de nacionalidade venezuelana, em Vagos, de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
Num comunicado, divulgado na sua página de internet, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP) refere que o crime aconteceu “entre as 11h39 e as 12h00 do dia 14 de agosto de 2024, quando a vítima, casada com o arguido, estava no interior do quarto na residência de ambos, a acondicionar as suas roupas e demais pertences numa mala de viagem, com vista a abandonar aquela residência e concretizar, assim, a anunciada separação do arguido”.
No despacho, datado de 27 de janeiro de 2025, o MP adianta que o arguido terá atacado a vítima, de 36 anos, com uma faca de cozinha, disferindo-lhe “diversos golpes nas costas (…), dois dos quais a atingiram na face posterior do tronco, à direita.
“O Ministério Público indiciou ainda que, após ter atentado contra a vida da vítima, o arguido embrulhou o cadáver num cobertor que estava no quarto e, com recurso a um pano, limpou a alcatifa que revestia o chão, na parte em que se encontrava manchada com sangue da vítima”, pode ainda ler-se.
No documento da PGDP revela-se que “o arguido desligou o telemóvel da vítima e, mantendo o seu cadáver embrulhado no cobertor e visando esconder o mesmo, arrastou-o para a mala do seu veículo automóvel, tendo ali colocado também a faca que utilizou para lhe tirar a vida, o pano que utilizou para limpar o chão, o telemóvel, a carteira da vítima, bem como a mala de viagem onde a mesma acondicionara as suas roupas”.
Relata ainda a acusação que “com o cadáver da vítima depositado na mala do veículo automóvel, o arguido dali saiu e conduziu o mesmo em direção a uma zona florestal, imobilizou o veículo e, antes de retirar o cadáver da mala, fez um pequeno buraco no solo, onde, depois, depositou o cadáver da vítima e o cobriu com terra”.
Ainda de acordo com a acusação, o arguido desfez-se dos bens da vítima, do cobertor e da faca e, mais tarde, comunicou às autoridades policiais o seu desaparecimento.
O arguido aguarda o decorrer do processo sujeito à medida de coação de prisão preventiva.